Respostas cardiovasculares de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica durante os testes de paschoal e da caminhada de seis minutos
Palavras-chave:
doença pulmonar obstrutiva crônica, modalidades de fisioterapia , doenças respiratóriasResumo
Objetivo
Analisar o comportamento de variáveis cardiorrespiratórias de portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica, durante a realização de testes de esforço submáximos que exigem comportamentos biomecânicos distintos, com a intenção de compará-las e determinar se os testes provocariam, ou não, respostas de magnitudes diferentes.
Métodos
Estudo transversal, obtidos durante a execução dos testes de Paschoal e de caminhada de seis minutos, aplicado a dez portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica, com média de idade de 61,4, desvio-padrão 13,9 anos e volume expiratório forçado no primeiro segundo entre 45 e 70% do previsto, composto pelos registros das respostas cardiorrespiratórias.
Resultados
Os valores de medianas de freqüência cardíaca total, durante os seis minutos de duração de ambos os testes, foram exatamente os mesmos (634,5 batimentos). A análise da recuperação da freqüência cardíaca revelou que, em ambos os testes, a partir do segundo minuto, os valores já eram significativamente menores do que os das freqüências cardíacas finais. O valor de pressão arterial sistólica ao final do teste de caminhada de seis minutos e do teste de Paschoal foi significativamente maior do que o obtido em repouso, e somente no teste de caminhada diminuiu após o terceiro minuto da fase de recuperação.
Conclusão
Apesar de os portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica terem feito testes que demandam características biomecânicas distintas para sua execução, as respostas cardiorrespiratórias obtidas foram muito similares e mostraram que ambos os testes podem ser utilizados como coadjuvantes na avaliação e controle cardiorrespiratório dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica.
Downloads
Referências
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. 1 Consenso Brasileiro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). J Bras Pneumol. 2000; 26(Supl1): S1-52.
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. li Consenso Brasileiro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). J Bras Pneumol. 2004; 20(Supl1): S1-56.
Cooper C. Exercise in chronic pulmonary disease: limitations and rehabilitation. Med Sei Sports Exerc. 2001; (Supll) S643-6.
American College of Chest Physicians. Ries A L (Chair) and the ACCP/AACVPR Pulmonary Rehabilitation Guidelines. Chest. 1997; 112:1363-96.
Ries AL. Position paper of the American Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation: Scientific basis of pulmonary rehabilitation. J Cardiopulm Rehabil. 1990; 10: 418-41.
Mahler DA. Pulmonary Rehabilitation. Chest. 1998; 113:263S-8.
Paschoal MA. Avaliação cardiorrespiratória de esforço e programa de recondicionamento aeróbio em cicloergômetro para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Rev Bras Fisioter. 2002; 6(3): 119-25.
American Thoracic Society Statement. Standard for the diagnosis and care of patients with chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med. 1995; 152:S77-120.
ATS Statement: guidelines for the six-minute walk test. Am J Resp Crit Care Med. 2002; 166:111-7.
O. Butland RJA, Pang J, Gross ER. Two, six and twelve minute walking tests in respiratory disease. Br Med J. 1982; 284:1607-8.
Demers C, McKelvie RS, Negassa A, Yusuf S. Reliability, validity, and responsiveness of the six-minute walk test in patients with heart failure. Am Heart J. 2001; 142(4):698-703.
Enright PL. The six-minute walk test. Respir Care. 2003; 48(8):783-5
Enright PL, Sherril DI. Reference equations for the six minute walk in healthy adults. Am J Resp Care Med. 1998; 158 1384-97.
Borg GA. Psychophysical bases of perceived exertion. Med Sei Sports Exerc. 1982; 14(f):377-81.
Paschoal MA. Respostas da pressão arterial na posição de Trendelemburg e durante exercício físico dinâmico. Rev Ciênc Méd. 2000; 9(3): 115-22.
McArdle WD, Katch FI, Katch VL. Essentials of exercise physiology. Philadelphia: Lea & Febiger; 1994.
Wasserman K, Hansen JE, Sue DY, Casaburi R, Whipp BJ. Principies of exercise testing and interpretation. 3rd ed. Philadelphia: Lippincott, Williams & Wilkins; 1999.
Weisman IM, Zeballos RJ. An integrated approach to the interpretation of cardiopulmonary exercise testing. Clin Chest Med. 1994; 15:421-5.
Cahalin LP, Pappagianopoulos P, Prevost S, Wain J, Ginns L. The relationship of the six-minute walk test to maximal oxygen consumption in transplant candidates with end-stage lung disease. Chest. 1995; 108452-9.
Guyatt GH, Thompson PJ, Berman LB, Sullivan MJ, Townsend M, Jones NL, et ai. How should we measure function in patients with chronic heart and lung disease1 J Chronic Dis. 1985; 38:517-24.