Anastomose esofagogástrica cervical com sutura mecânica em pacientes com megaesôfago avançado

Autores

  • José Luís Braga de Aquino

Palavras-chave:

esofago, sutura mecanica, megaesofago

Resumo

Objetivo
Avaliar as complicações da anastomose esofagogástrica cervical com sutura mecânica.
Métodos
Foram estudados 20 pacientes com megaesôfago graus III/IV submetidos a esofagectomia transmediastinal, com idade variável de 31 a 68 anos. A reconstrução do trânsito foi realizada pela transposição gástrica e com anastomose na região cervical, realizada com o aparelho DHC nº 25/29 mm.
Resultados
Três pacientes (15%) apresentaram complicações clínicas, traduzidas por pneumonia, mas com boa evolução com tratamento clínico. Outros três pacientes (15%) apresentaram deiscência da anastomose esôfago gástrico cervical, com boa evolução sob tratamento conservador. Dois desses pacientes, mais um outro sem fístula, evoluíram com estenose da anastomose cervical; no entanto, com dilatações endoscópicas retornaram a apresentar deglutição normal.
Conclusão
Neste estudo, chegou-se à conclusão de que a sutura mecânica é viável por apresentar complicações de baixa morbidade e com boa resolução. Entretanto, torna-se necessário realizar um estudo comparativo com a técnica manual para avaliar qual procedimento seria o mais adequado. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aquino JLB. Sutura manual e mecânica da anastomose esofagojejunal: análise clínica em 38 gastrectomias totais [tese]. Campinas: Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Católica de Campinas; 1990.

Aquino JLB, Morais SP, Murara CPM, Reis Neto JA, Aquino Netto PA. Avaliação da fístula anastomótica na cirurgia do esôfago. Anais do 1 º Congresso Brasileiro de Cirurgia Digestiva; São Paulo. 1989. p. 13.

Ferreira EAB. Fístulas esofágicas. ln: Margarido NF, Saadjr R, Cecconello 1, Martins JL, Paula RA, Soares LA. Complicação em cirurgia. São Paulo: Robe; 1993. p.25-31.

Aquino JLB. Anastomose esofagovisceral: sutura manual ou mecânica? Quando a sutura mecânica é realmente vantajosa? Arq Bras Cir Dig 1997; 12(Supl 1):75-7

Ravitch MM, Steichen FM. A stapling instrumental for end-to-end inverting anastomoses in the gastrointestinal tract. Ann Surg 1979; 189:791-7.

Hopkins RA, Alexander JC, Postlethwait RW. Stapled esophagogastric anastomosis. Am J Surg 1984; 147:238-7.

lmamura M, Ohishi K, Tobe T. The surgeon at work. Surg Gynecol Obstet 1987; 164:369-71.

Wong J, Cheund H, Lui R, Fan YW, Smith A, Siu KF. Esophagogastric anastomosis performed with a stapler: the occurrence of leakage and stricture. Surgery 1987; 101 408-15.

Aquino JLB, lshida P, Murara COM, Reis Neto JA. Avaliação da sutura mecânica no esôfago cervical. Anais do 20º Congresso do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; Rio de Janeiro; 1993. p. 47.

Sallum RRA, Yamamuro EM, Ceccanello 1, Zilbersteins B, Pinotti HW. Sutura manual x mecânica na anastomose esofagástrica cervical. Anais do 7° Congresso Nacional do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva; Goiânica; 1996. p. 242.

Wong J. Stapled esophagogastric anastomosis in the apex of the right chest after subtotal esophagectomy for carcinoma. Surg Gynecol Obstet 1987; 164: 569-72.

Fekete F. Anastomoses mécaniques à La pince I. L.S. dans La chirurgie de l'oesophage: soixante­-treize cas. Presse Med 1984; 13:39-41.

McManus KG, Ritchie AJ, McGuican J, Stevenson HM, Gibbons JR. Sutures staplers, leaks and strictures: a review of anastomoses in oesophageal resection at Royal Victoria Hospital. Belfast, 1977-1986. Eur J Cardiothorac Surg 1990; 4:97-100.

Pinotti HW. Acesso transmediastinal ao esôfago por frenotomia mediana. Rev Ass Med Bras 1976; 16:15-9.

Neto FAF. Anastomose esofagogástrica manual e mecânica: estudo experimental em 28 suínos [tese]. São Paulo: Curso de Pós-Graduação do Hospital Heliópolis; 1999.

Spotnitz WD, Falstron JK, Rodeheaver GT. Papel dos fios de sutura e da cola (selante) de fibrina na cicatrização das feridas. Clin Cir Am N 1997; 3:647-65.

lvatury RR, Diebel L, Porter JM, Simon RJ. Hipertensão intra-abdominal e a síndrome do compartimento abdominal. Clin Cir Am N 1997; 4:777-94.

Eddy V, Nunn C, Morris JR JA. Síndrome do compartimento abdominal? experiência de Nashiville. Clin Cir Am N 1997; 4:795-806.

Valverde A, Hay JM, Fingerhut A, Elhadad A. Manual versus mechanical esophagastric anastomosis after resection for carcinoma: a controlled triai. Surgery 1996; 120:4 76-83.

Wheeless CRJR, Smith JJ. A comparison of the flow of iodine 125 through different intestinal anastomoses: standard, Gambee or staples. Surg Gynecol Obstet 1983; 62:513.

Tho rnto n FJ , Barbul AC. Cicatrização no trato gastrointestinal. Clin Cir Am N 1997; 3:547-70.

Peracchia A, Bardini R, Ruol A, Asolati M, Scibetta D. Esophagovisceral anastomose leak: a prospective statistical study of predisposing factors. J Thorac Cardiovasc Surg 1988; 95:685-91.

Dewar L, Gelfand G, Finley RJ, Evans K, lnculet R, Nelems B. Facto rs affecting cervical anastomosis leak and stricture formation following esophagogastrectomy and gastric tube interposition. Am J Surg 1992; 163:484-9.

Caparossi C. Anastomose esofágica manual e mecânica: estudo experimental em cães [tese). São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 1996.

Downloads

Publicado

2004-02-25

Como Citar

Aquino, J. L. B. de. (2004). Anastomose esofagogástrica cervical com sutura mecânica em pacientes com megaesôfago avançado. Revista De Ciências Médicas, 13(1). Recuperado de https://puccampinas.emnuvens.com.br/cienciasmedicas/article/view/1235

Edição

Seção

Artigos Originais