Desempenho operatório de crianças com queixas de desatenção e hiperatividade em jogos eletrônicos baseados em provas Piagetianas

Autores

  • Claudia Broetto ROSSETTI Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Maria Thereza Costa Coelho de SOUZA Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia, Laboratório de Estudos sobre Desenvolvimento e Aprendizagem.
  • Fabíola RÖHRIG Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Queila Cássia Corrêa GUIMARÃES Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Simone Chabudee PYLRO Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Taisa Rodrigues Smarssaro BAHIENSE Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.

Palavras-chave:

Desenvolvimento infantil, Jogos de vídeos, Tarefas Piagetiana, Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Resumo

Realizou-se uma avaliação operatória em contexto virtual de 16 crianças entre sete e 10 anos com queixas de desatenção e hiperatividade por meio dos jogos eletrônicos “Zona Trash 3” e “Protocolos”, construídos a partir de provas Piagetianas clássicas. Solicitou-se às pedagogas de uma escola pública que indicassem crianças com indícios de dificuldades de atenção e/ou hiperatividade. Os professores das crianças indicadas responderam à Escala de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, e foram incluídas como participantes da pesquisa apenas as crianças que obtiveram os maiores escores na referida escala. Quase a totalidade dos participantes conseguiu chegar ao final dos dois jogos. Observou-se maior dificuldade no jogo “Protocolos”, que avalia a lógica combinatória e que, em geral, exige maior paciência e concentração dos participantes. Dessa maneira, os jogos de regras eletrônicos “Protocolos” e “Zona Trash 3” apresentam-se como bons instrumentos para a avaliação das noções operatórias de lógica combinatória e raciocínio espacial em crianças que apresentam indícios de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

American Psychiatric Association (2003). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR). Porto Alegre: Artmed.

Andersson, K. E., Richards, C. H., & Hallahan, D. P. (1980). Piagetian tasks performance of learning disabled children. Journal of Learning Disabilities, 13(9), 37-41.

Benczik, E. B. P. (2000). Manual da escala de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (versão para professores). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Brown, R. T., Borden, K. A., Schleser, R., Clingerman, S. R., & Orenczuk, S. (1985). The performance of attention deficit disordered and normal children on conservation tasks. The Journal of Genetic Psychology, 146(4), 535-530.

Caliman, L. V. (2010). Notas sobre a história oficial do Transtorno do Déficit de Atenção/hiperatividade TDAH. Psicologia: Ciência e Profissão, 30(1), 45-61.

Campos, L. G. A., Goldberg, T. B. L., Capellini, S. A., & Padula, N. A. M. R. (2007). Caracterização do desempenho de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em provas operatórias: estudos de casos. Revista de Psicopedagogia, 24(75), 218-228.

Carraher, T. N. (1989). O método clínico: usando os exames de Piaget. São Paulo: Cortez Editora.

Correa, J. (1991). O método crítico: o legado metodológico de Piaget ao estudo dos processos cognitivos. Revista de Psicologia e Psicanálise, 3, 53-66.

Coutinho, G.; Mattos, P.; Araújo, C., & Duchesne, M. (2007). Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade: contribuição diagnóstica de avaliação computadorizada de atenção visual. Revista de Psiquiatria Clínica, 34(5), 215-222.

Delval, J. (2002). Introdução à prática do método clínico: descobrindo o pensamento das crianças. Porto Alegre: Artmed.

Folquitto, C. T. F. (2009). Desenvolvimento psicológico e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): a construção do pensamento operatório (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade de São Paulo.

Fontana, R. S., Vasconcelos, M. M., Werner, J., Jr., Góes, F. V., & Liberal, E. F. (2007). Prevalência de TDAH em quatro escolas públicas brasileiras. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 65(1), 134-137.

Graeff, R. L., & Vaz, C. E. (2008). Avaliação e diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Psicologia USP, 19(3), 341-361.

Grevet, E. H., Abreu, P. B., & Shansis, F. (2003). Proposta de uma abordagem psicoeducacional em grupos para pacientes adultos com transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade. Revista de Psiquiatria, 25(3), 446-452.

Haddad-Zubel, R., Pinkas, D., & Pecault, S. (2004). Mission Cognition [CD-ROM]. Fribourg: Université de Fribourg.

Landskron, L. M. F., & Sperb, T. M. (2008). Narrativas de professoras sobre o TDAH: um estudo de caso coletivo. Psicologia Escolar e Educacional, 12(1), 153-167.

Legnani, V. N., & Almeida, S. F. C. (2008). A construção diagnóstica de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: uma discussão crítica. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 60(1), 02-13.

Macedo, L. (Org.). (2009). Jogos, psicologia e educação. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Macedo, L., Petty, A. L., & Passos, N. C. (2000). Aprender com jogos e situações-problema. Porto Alegre: Artes Médicas.

Missawa, D. D. A., & Rossetti, C. B. (2008). Desempenho de crianças com e sem dificuldades de atenção no jogo Mancala. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 60(2), 60-74.

Papert, S. (1980). Mindstorm: Children, computers, and powerful ideas. New York: Basic Books.

Piaget, J. (1971). A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho imagem e representação. Rio de Janeiro:

Zahar. (Originalmente publicado em 1946). Piaget, J. (1994). O juízo moral na criança. São Paulo: Summus. (Originalmente publicado em 1932).

Piaget, J. (2002). Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária. (Originalmente publicado em 1964).

Piaget. J. (2005). A representação de mundo na criança: com o concurso de onze colaboradores. Aparecida: Ideias & Letras. (Originalmente publicado em 1947).

Piaget, J., & Inhelder, B. (n.d.). A origem da ideia do acaso na criança. Rio de janeiro: Record. (Originalmente publicado em 1951).

Piaget, J., & Inhelder, B. (1993). A representação do espaço na criança. Porto Alegre: Artmed. (Originalmente publicado em 1948).

Piaget, J., & Inhelder, B. (2002). A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. (Originalmente publicado em 1966).

Poeta, L. S., & Rosa Neto, F. (2004). Epidemiological study on symptoms of attention deficit/hyperactivity disorder and behavior disorders in public schools of Florianopolis/SC using the EDAH. Revista Brasileira de Psiquiatria, 26(3), 150-155.

Quaiser-Pohl, C., Gêiser, C., & Lehmann, W. (2006). The relationship between computer-game preference, gender, and mental-rotation hability. Personality and Individual Diferences, 40(3), 609-619.

Rohde, L. A., Barbosa, G., Tramontina, S., & Polanczyk, G. (2000). Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade. Revista Brasileira Psiquiatria, 22(Supl. 2), 7-11.

Rohde, L. A., & Benczik, E. B P. (1999). Transtorno déficit de atenção: o que é? Como ajudar? Porto Alegre: Artes Médicas.

Rohde, L. A., & Halpern, R. (2004). Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização. Jornal de Pediatria, 80(2), S61-S70.

Rhode, L. A., & Mattos, P. (Orgs.). (2003), Princípios e práticas em TDAH. Porto Alegre: Artmed.

Downloads

Publicado

2014-09-30

Como Citar

ROSSETTI, C. B., SOUZA, M. T. C. C. de, RÖHRIG, F., GUIMARÃES, Q. C. C., PYLRO, S. C., & BAHIENSE, T. R. S. (2014). Desempenho operatório de crianças com queixas de desatenção e hiperatividade em jogos eletrônicos baseados em provas Piagetianas. Estudos De Psicologia, 31(3). Recuperado de https://puccampinas.emnuvens.com.br/estpsi/article/view/8454

Edição

Seção

PSICOLOGIA DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM