Experiências-limite em estruturas arquitetônicas e artísticas contemporâneas

alegorias em uma era de indeterminação

Autores

  • Mariany Silva Gomes Araujo Universidade Federal de São Paulo, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História da Arte https://orcid.org/0000-0002-1348-1953
  • Pedro Fiori Arantes Universidade Federal de São Paulo, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História da Arte https://orcid.org/0000-0002-6652-294X

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a6916

Palavras-chave:

Imersividade, Arte contemporânea, Arquitetura contemporânea, Indeterminação, Experiência

Resumo

A partir de obras que conjugam arte e arquitetura, este ensaio procura discutir meios pelos quais a percepção contemporânea pode ser turvada e ofuscada quando lida com estruturas históricas de amplos efeitos subjetivos, sociais e políticos. Duas obras, produzidas no início do século XXI e promotoras de experiências próprias a uma era de indeterminação, trabalham tais efeitos alegoricamente: as imersivas Blur Building, de Elizabeth Diller e Ricardo Scofidio, e Weather Project, de Olafur Eliasson. Frente à instabilidade desenfreada do contemporâneo, procura-se, assim, pensar suas possíveis manifestações por meio de obras que, carregadas de ambiguidades, conformam alegorias que podem ajudar a decifrar um sistema vigente e expansivo em um contexto global.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Arantes, P. Arquitetura na Era Digital-Financeira. São Paulo: Ed. 34, 2002.

Baudrillard, J. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio d’Água, 1991.

Bataille, G. História do olho. São Paulo: Cia. Das Letras, 2018.

Benjamin, W. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1987.

Boltanski, L.; Chiapello, E. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

Castel, R. As Metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 1968.

Cauquelin, A. Frequentar os Incorporais. São Paulo: Martins, 2008.

Costa, M. O sublime tecnológico. São Paulo: Experimento, 1995.

Costa, M. Internet et Globalisation Esthétique: l’avenir de l’art et de la philosophie à l’époque des réseaux. Paris: Editions L’Harmattan, 2003.

Crary, J. 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu Editora, 2016.

Damish, H. A Theory of /Cloud/: toward a history of painting. Palo Alto: Stanford, 2002.

Debord, G. A sociedade do espetáculo. São Paulo: Contraponto, 2016.

Didi-Huberman, G. Sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

Foster, H. O complexo arte-arquitetura. São Paulo: Ubu, 2015.

Jameson, F. Pós-Modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 1997.

Koselleck, R. Futuro-passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.

Krenak, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2019.

Kwon, M. One place after another: site-specific art and locational identity. [S.l.]: MIT Press, 2002.

Kwon, M. The wrong place. Art Journal, v. 59, n. 1, p. 32-43, 2000.

Lévi-Strauss, C. O cru e o cozido: mitológicas 1. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

Lévy, P. Que é o Virtual? São Paulo: Editora 34, 2003.

Oliveira, F.; Rizek, C. (org.). A Era da Indeterminação. São Paulo: Boitempo, 2007.

Riley, T. Light construction. New York: The Museum of Modern Art, 1995.

Rouillé, A. A fotografia: entre o documento e a arte contemporânea. São Paulo: Senac, 2009.

Sennett, R. O declínio do homem público. São Paulo: Cia das Letras, 1988.

Starobinski, J. A melancolia diante do espelho: três leituras de Baudelaire. São Paulo: Editora 34, 2014.

Vidler, A. O campo ampliado da arquitetura. In: Sykes, A. K. O campo ampliado da arquitetura: Antologia teórica 1993-2009. São Paulo: Cosac Naify, 2013. p. 242-251.

Wisnik, G. Dentro do nevoeiro. São Paulo: Ubu Editora, 2018.

Downloads

Publicado

2024-05-08

Como Citar

Araujo, M. S. G., & Arantes, P. F. (2024). Experiências-limite em estruturas arquitetônicas e artísticas contemporâneas: alegorias em uma era de indeterminação. Oculum Ensaios, 21, 1–16. https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a6916

Edição

Seção

Originais