PROYECTAR LA MEMORIA: DEL ORDO NACIONAL A LA REAPROPIACIÓN CRÍTICA

Autores

  • Antonio GARCÍA GUTIÉRREZ Universidad de Sevilha

Palavras-chave:

Pesquisa em organização do conhecimento, memória digital, teoria

Resumo

Os seres humanos, historicamente, têm fixado suas memórias em uma diversidade crescente de meios. Atualmente, no entanto, longe da expansão criativa de novos suportes, os meios reduzem-se, de forma crescente, aos objetos digitais. Assegura-se, desse modo, a integração, mas garante-se também a sua total dependência da mediação externa. Nesta era de lembranças neuróticas, deve-se ter consciência de que a digitalização não promove apenas vantagens, como as indústrias culturais querem nos fazer crer, mas também desvantagens, especialmente em relação aos valores culturais, à liberdade da memória, à heteroconstrução de identidades e ao controle do cidadão pelo próprio suporte. Esses aspectos são frequentemente ignorados pelo pensamento dominante na Pesquisa em Organização do Conhecimento, sendo alimentado como tendência pelas elites dogmáticas. O poder é sempre projetado para se perpetuar e a memória é atualmente reescrita a partir dessa agenda imaginária. A comparação entre unidades hipotéticas da memória, confinadas em registros limitados e a figura geométrica de um cubo, apesar da redução metafórica, leva a diversas asserções, algumas delas pragmáticas, essenciais para colocar a Pesquisa em Organização do Conhecimento em uma posição, em larga medida pós-epistemológica, na qual a reflexividade e a complexidade devem comandar tanto as diretrizes quanto as ações dos pesquisadores e profissionais. Isso porque a interação da memória não é explicitável,
constituindo-se em uma complexa rede de significados aberta para a instabilidade e a constante readaptação a “atratores culturais”. A construção da exomemória é influenciada por preconceitos locais ou globais, dados historicamente por instâncias que se encontram além do alcance dos cidadãos. Um deles é a ordem nacional, uma tendência que inunda toda a existência, da autoconsciência lingüística à engenharia do conhecimento. A teoria da Organização do Conhecimento deveria estar comprometida com o desvelamento dos preconceitos ao atuar nos processos de organização e representação promovendo não a recusa preconcebida, mas a renegociação da presença de sua retórica invisível e real na construção da memória digital.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANSELL, K. A Pos-human hell. London: Routledge, 2002.

BERGER, P.; LUCKMANN, T. Modernidad, pluralismo y crisis de sentido: la orientación del hombre moderno. Barcelona: Paidós, 1997.

CLIFFORD, J. Itinerarios transculturales. Barcelona: Gedisa, 1999. p.12-398.

DESCARTES, R. Discurso del método y meditaciones metafísicas. Madrid: Tecnos, 2002.

ELSTER, J. Ulises y las sirenas: estudios sobre racionalidad e irracionalidad. México: FCE, 1989. p.44, 181.

FERRATER MORA, J. Diccionario de filosofía. Barcelona: Ariel, 1994. 4v.

GARCÍA GUTIÉRREZ, A. Principios de lenguaje epistemográfico: la representación del conocimiento sobre patrimonio histórico andaluz. Sevilla; Granada: Consejería de Cultura de la Junta de Andalucía, Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico; Comares, 1998.

GARCÍA GUTIÉRREZ, A. La memoria subrogada: mediación, cultura y conciencia en la red digital. Granada: Editorial de la Universidad de Granada, 2002.

GARCÍA GUTIÉRREZ, A. Otra memoria es posible: estrategias descolonizadoras del archivo mundial. 2003. (en prensa).

HUYSSEN, A. Seduzidos pela memoria. Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes; Museo de Arte Moderna, 2000. p.9-44

KANT, I. Fundamentación para una metafísica de las costumbres. Madrid: Alianza, 2002.

LIBENSON, C. Disponível em: <http://216.15. 220.187/libenson>. Acesso em: 2002.

MAALOUF, A. Identidades asesinas. Madrid: Alianza, 2001.

MARQUES DOS SANTOS, A.C. Linguagem, mémoria e história: o enunciado nacional. In: Ferreira, L.M.A.; Orrico, E.G.D. (Org.). Linguagem, identidade e mémoria social: novas fronteras, novas articulações. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002. p.13-51

MATURANA, H.; VARELA, F. El árbol del conocimiento: las bases biológicas del conocimiento humano. 3.ed. Madrid: Debate, 1999.

NIETZSCHE, F. La genealogía de la moral. Madrid: Alianza Editorial, 1997.

PLATÓN FEDRO. In: Diálogos III. Madrid: Gredos, 1997. p.403-404.

RICOEUR, P. La lectura del tiempo pasado: memoria y olvido. Madrid: Arrecife; Universidad Autónoma de Madrid, 1999.

ROLDÁN, I. Caos y comunicación: la teoría del caos y la comunicación humana. Sevilla: Mergablum, 1999. p.113.

SANTOS, J. Breve: o pós-humano. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2002. p.58.

SODRÉ, M. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis: Vozes, 2002.

TAYLOR, C. La ética de la autenticidad. Barcelona: Paidós, 1994.

THOREAU, H.D. A desobediência civil e outros escritos. São Paulo: Martin Claret, 2001. p.13.

WITTGENSTEIN, L. Tractatus logico-philosophicus. Madrid: Tecnos, 2002.

Publicado

25-03-2003

Como Citar

GARCÍA GUTIÉRREZ, A. . (2003). PROYECTAR LA MEMORIA: DEL ORDO NACIONAL A LA REAPROPIACIÓN CRÍTICA. Transinformação, 15(1). Recuperado de https://puccampinas.emnuvens.com.br/transinfo/article/view/6384

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS