Impactos maternos do nascimento de um bebê com deficiência física

um estudo comparativo

Autores

Resumo

Objetivo
Este artigo tem como objetivo avaliar impactos emocionais da deficiência física do bebê na mãe.
Método
Trata-se de um estudo exploratório realizado com duas díades, uma composta um bebê com deficiência e sua mãe e outra por um bebê sem deficiência e sua mãe, provenientes de uma pesquisa maior com desenho caso-controle. Foram utilizados a Entrevista Semiestruturada, Inventários Beck de Ansiedade e Depressão, Questionário de Função Reflexiva Parental e Ages and Stages Questionnaire.
Resultados
As mães demonstraram relatos e níveis de parentalidade semelhantes, mas a do bebê com deficiência apresentou maiores scores para ansiedade e depressão, relacionados ao baixo nível de desenvolvimento do filho.
Conclusão
Conclui-se que mecanismos de adaptação são necessários para se obter os mesmos níveis de parentalidade de uma condição típica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abraham, E., & Feldman, R. (2018). The neurobiology of human allomaternal care; implications for fathering, coparenting, and children’s social development. Physiology & behavior, 193, 25-34.

Alaee, N., Shahboulaghi, F. M., Khankeh, H., & Kermanshahi, S. M. K. (2015). Psychosocial challenges for parents of children with cerebral palsy: A qualitative study. Journal of Child and Family Studies, 24(7), 2147-2154. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. (2018). Critério Brasil 2019 - Diretrizes de ordem geral, a serem consideradas pelas entidades prestadoras de serviços e seus clientes, a respeito da adoção do Novo Critério de Classificação Econômica Brasil. https://www.abep.org/criterio-brasil

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo (7th ed.). Edições 70.

Barreto, T. M., Bento, M. N., Barreto, T. M., Jagersbacher, J. G., Jones, N. S., Lucena, R., & Bandeira, I. D. (2019). Prevalence of depression, anxiety, and substance-related disorders in parents of children with cerebral palsy: A systematic review. Developmental Medicine & Child Neurology, 62(2), 163-168.

Bleger, J. (2003). Temas de psicologia: entrevistas e grupos. Martins Fontes.

Chen, Y., Haines, J., Charlton, B. M., & VanderWeele, T. J. (2019). Positive parenting improves multiple aspects of health and well-being in young adulthood. Nature Human Behaviour, 3(7), 684-691.

Cunha, J. A. (2001). Manual da versão em português das Escalas Beck. Casa do Psicólogo.

De Clercq, L. E., Soenens, B., Dieleman, L. M., Prinzie, P., Van der Kaap-Deeder, J., Beyers, W., & De Pauw, S. S. (2021) Parenting and Child Personality as Modifiers of the Psychosocial Development of Youth with Cerebral Palsy. Child Psychiatry & Human Development, 53, 137-155. https://doi.org/10.1007/s10578-020-01106-1

Dieleman, L. M., Soenens, B., Prinzie, P., De Clercq, L., & De Pauw, S. S. (2021). Parenting children with cerebral palsy: A longitudinal examination of the role of child and parent factors. Exceptional Children, 87(3), 1-22. https://doi.org/10.1177/0014402920986462

Feldman, R. (2016). The neurobiology of mammalian parenting and the biosocial context of human caregiving. Hormones and Behavior, 77, 3-17. https://doi.org/10.1016/j.yhbeh.2015.10.001

Franco, V. (2015). Paixão-dor-paixão: Pathos, luto e melancolia no nascimento da criança com deficiência. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 18(2), 204-220. https://doi.org/10.1590/1415-4714.2015v18n2p204.2

Franco, V. (2016). Tornar-se pai/mãe de uma criança com transtornos graves do desenvolvimento. Educar em Revista, 59, 35-48. https://doi.org/10.1590/0104-4060.44689

Granat, A., Gadassi, R., Gilboa-Schechtman, E., & Feldman, R. (2017). Maternal depression and anxiety, social synchrony, and infant regulation of negative and positive emotions. Emotion, 17(1), 11. https://doi.org/10.1037/emo0000204

Guillamón, N., Nieto, R., Pousada, M., Redolar, D., Muñoz, E., Hernández, E., Boixadós, M., & Gómez-Zúñiga, B. (2013). Quality of life and mental health among parents of children with cerebral palsy: The influence of self-efficacy and coping strategies. Journal of Clinical Nursing, 22(11-12), 1579-1590.

Howell, K. H., Miller-Graff, L. E., Gilliam, H. C., & Carney, J. R. (2021). Factors related to parenting confidence among pregnant women experiencing intimate partner violence. Psychological Trauma: Theory, Research, Practice, and Policy, 13(3), 385-393. https://doi.org/10.1037/tra0000985

Kisler, J. (2014). Parental reaction to disability. Paediatrics and Child Health, 24(8), 331-336.

Luyten, P., Mayes, L. C., Nijssens, L., & Fonagy, P. (2017). The parental reflective functioning questionnaire: Development and preliminary validation. Plos One, 12(5), e0176218.

Malm-Buatsi, E., Aston, C. E., Ryan, J., Tao, Y., Palmer, B. W., Kropp, B. P., Klein, J., Wisniewski, A. B., & Frimberger, D. (2015). Mental health and parenting characteristics of caregivers of children with spina bifida. Journal of Pediatric Urology, 11(2), 61-67.

Park, E. Y., & Kim, J. H. (2020). Activity limitation in children with cerebral palsy and parenting stress, depression, and self-esteem: A structural equation model. Pediatrics International, 62(4), 459-466. https://doi.org/10.1111/ped.14177

Pereira, L. M., & Kohlsdorf, M. (2014). Ansiedade, depressão e qualidade de vida de pais no tratamento da paralisia cerebral infantil. Interação em Psicologia, 18(1), 37-46.

Priel, A., Djalovski, A., Zagoory-Sharon, O., & Feldman, R. (2019). Maternal depression impacts child psychopathology across the first decade of life: Oxytocin and synchrony as markers of resilience. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 60(1), 30-42. https://doi.org/doi:10.1111/jcpp.12880

Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, P. B. (2006). Metodologia de pesquisa (3rd ed.). MacGraw-Hill.

Schlesselman, J. J. (1982). Case-control studies - Design, conduct and analysis. Oxford University Press.

Silva, C. X., Brito, E. D., Sousa, F. S., & França, I. S. X. (2010). Criança com paralisia cerebral: qual o impacto na vida do cuidador? Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 11, 204-214.

Silva, S. C., & Dessen, M. A. (2014). Relações familiares na perspectiva de pais, irmãos e crianças com deficiência. Revista Brasileira de Educação Especial, 20(3), 421-434.

Squires, J., Bricker, D. D., & Twombly, E. (2009). Ages and stages questionnaires. Paul H. Brookes.

Trevarthen, C. (2011). What is it like to be a person who knows nothing? Defining the active intersubjective mind of a newborn human being. Infant and Child Development, 20(1), 119-135.

Türkoğlu, S., Bılgıç, A., Türkoğlu, G., & Yilmaz, S. (2016). Impact of symptoms of maternal anxiety and depression on quality of life of children with cerebral palsy. Nöropsikiyatri Arşivi, 53(1), 46-51.

Ulmer-Yaniv, A., Djalovski, A., Priel, A., Zagoory-Sharon, O., & Feldman, R. (2018). Maternal depression alters stress and immune biomarkers in mother and child. Depression and Anxiety, 35(12), 1145-1157. https://doi.org/10.1002/da.22818

Vadivelan, K., Sekar, P., Sruthi, S. S., & Gopichandran, V. (2020). Burden of caregivers of children with cerebral palsy: an intersectional analysis of gender, poverty, stigma, and public policy. BMC Public Health, 20, 1-8.

Wallon, H. (2007). A evolução psicológica da criança. Martins Fontes. (Original work published 1941)

Yoo, J.-N. (2016). Correlations among motor function, quality of life, and caregiver depression levels in children with cerebral palsy. The Journal of Korean Society of Physical Therapy, 28(6), 385-392.

Publicado

2024-04-23

Como Citar

Silva, D. R., Trindade, L. A., & Lerner, R. (2024). Impactos maternos do nascimento de um bebê com deficiência física: um estudo comparativo. Estudos De Psicologia, 41. Recuperado de https://puccampinas.emnuvens.com.br/estpsi/article/view/12482

Edição

Seção

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO