Relação entre bullying e sintomas depressivos em estudantes do ensino fundamental

Autores/as

  • Bruna Garcia FORLIM Psicóloga
  • Ana Carina STELKO-PEREIRA Universidade Estadual do Ceará, Coordenação de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Lúcia Cavalcanti de Albuquerque WILLIAMS Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Psicologia, Laboratório de Análise e Prevenção da Violência.

Palabras clave:

Bullying, Depressão, Violência na escola

Resumen

Considerável atenção da ciência vem sendo dada ao impacto negativo do bullying, contudo poucos estudos investigaram especificamente as consequências do bullying de acordo com os tipos de envolvimento (alvo, autor, alvo/autor). O presente estudo examinou a relação entre tipos de bullying e sintomas depressivos. Responderam a um questionário brasileiro sobre violência escolar (Escala de Violência Escolar - Versão Estudantes) 348 estudantes - 53,4% do sexo feminino - do 6º ao 9º ano, em média com 13,3 anos (DP = 1,3). Segundo regressão logística não linear, os alunos alvos e autores de bullying apresentaram 5 vezes mais chance de ter sintomas depressivos do que os outros estudantes. Sexo, idade, ter sido reprovado, ser exclusivamente vítima não foram variáveis significativas para predizer depressão quando consideradas conjuntamente. Esses resultados são similares a pesquisas internacionais que apontaram o fato de alvos/autores (simultaneamente) de bullying terem mais problemas emocionais do que alvos e autores. Enfatizam, também, a necessidade de pesquisas futuras considerarem a especificidade dos estudantes que são alvos/autores.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Carlisle, N., & Rofes, E. (2007). School bullying: Do adult survivors perceive long-term effects? Traumatology, 13(1), 16-26.

Catini, N. (2004). Problematizando o bullying para a realidade brasileira (Tese de doutorado não-publicada). Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Cunha, J. M. (2009). Violência interpessoal em escolas no Brasil: características e correlatos (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Cruvinel, M., & Boruchovitch, E. (2004). Sintomas depressivos, estratégias de aprendizagem e rendimento escolar de alunos do ensino fundamental. Psicologia em Estudo, 9(3), 369-378.

Due, P., Holstein, B. E., Lynch, J., Diderichsen, F., Gabhain, S. N., & Scheidt, P. (2005). Bullying and symptoms among school-aged children: International comparative cross sectional study in 28 countries. European Journal of Public Health, 15(2), 128-132.

Fekkes, M., Pijpers, F. I., & Verloove-Vanhorick, S. P. (2004). Bullying behaviour and associations with psychosomatic complaints and depression in victims. The Journal of Pediatrics, 144(4), 17-22.

Fleming, L. C., & Jacobsen, K. J. (2009). Bullying and symptoms of depression in Chilean middle school students. Journal of School Health, 79(3), 130-137.

Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. (2002). Índice paulista de vulnerabilidade social. Recuperado em setembro 22, 2011, de http://www.seade.gov.br/projetos/ipvs/municipios_pdf.php?letra=S

Giedd, J. N. (2004). Structural magnetic resonance imaging of the adolescent brain. Annals of the New York Academy of Sciences, 1021, 77-85.

Gouveia, V. V., Barbosa, G. A., Almeida, H. J. F., & Gaião, A. A. (1995). Inventário de Depressão Infantil - CDI: estudo de adaptação com escolares de João Pessoa. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 44(7), 345-349.Hamburger, M. E., Basile, K. C., & Vivolo, A. M. (2011). Measuring bullying victimization, perpetration, and bystander experiences: A compendium of assessment tools. Georgia: Centers for Disease Control and Prevention.

Haynie, D. L., Nansel, T., Eitel, P., Crump, A. D., Saylor, K., Yu, K., & Simons-Morton, B. (2001). Bullies, victims, and bully/victims: Distinct groups of at-risk youth. Journal of Early Adolescence, 21(1), 29-49.

Hawker, D., & Boulton, M. (2000). Twenty years’ research on peer victimization and psychosocial maladjustment: A meta-analytic review of cross-sectional studies. Journal of Child Psychology & Psychiatry & Allied Disciplines, 41(4), 441-455.

Hosmer, D. W., & Lemeshow, S. (1989). Applied logistic regression. New York: John Wiley.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2002). Síntese de Indicadores Sociais 2002. Rio de Janeiro: IBGE.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2011, novembro). Data Escola Brasil.

índice de reprovação]. Recuperado em novembro 27, 2011, de http://www.dataescolabrasil.inep.gov.br/dataEscolaBrasil/home.seam

Jimerson, S. R. (2001). Meta-analysis of grade retention research: Implications for practice in the 21st century. School Psychology Review, 30(3), 420-437.

Kaltiala-Heino, R., Rimpelä, M., Marttunen, M., Rimpelä, A., & Rantanen, P. (1999). Bullying, depression, and suicidal ideation in Finnish adolescents: School survey. BMJ, 319, 348–351.

Kovacs, M. (1992). Children’s depression inventory manual. Los Angeles: Western Psychological Services.

Kumpulainen, K., Räsänen, E., Henttonen, I., Almqvist, F., Kresanov, K., Linna, S. L., ... Tamminen, T. (1998). Bullying and psychiatric symptoms among elementary school-age children. Child Abuse & Neglect, 22(7), 705–717.

Lopes Neto, A. A.; & Saavedra, L. H. (2003). Diga não para o bullying: programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes. Rio de Janeiro: ABRAPIA.

Lorant, V., Deliège, D., Eaton, W., Robert, A., Philippot, P., & Ansseau, M. (2003). Socioeconomic inequalities in depression: A meta-analysis. American Journal of Epidemiology, 157(2), 98-112.

Machida, E. E. R. (2007). Fenômeno bullying e a ética do saber cuidar (Dissertação de mestrado não-publicada). Escola Superior de Teologia, São Leopoldo.

O’Brennan, L. (2009). Examining developmental differences in the social-emotional problems among frequent bullies, victims, and bully/victims. Psychology in the Schools, 46(2), 100-115.

Olweus, D. (1993). Bullying at school: What we know and what we can do. Oxford: Blackwell.

Perren, S., Dooley, J., Shaw, T., & Cross, D. (2010). Bullying in school and cyberspace: Associations with depressive symptoms in Swiss and Australian adolescents. Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health, 4(28),1-10.

Pinheiro, F. M. F., & Williams, L. C. A. (2009). Violência intrafamiliar e envolvimento em bullying no ensino fundamental. Cadernos de Pesquisa, 39(138), 995-1018.

Reppold, C. T., & Hutz, C. S. (2003). Prevalência de indicadores de depressão entre adolescentes no Rio Grande do Sul. Avaliação Psicológica, 2(2), 175-184.

Sourander, A., Helstelä, L., Helenius, H., & Piha, J. (2000). Persistence of bullying from childhood to adolescence: A longitudinal 8-year follow-up study. Child Abuse & Neglect, 24(7), 873-881.

Stelko-Pereira, A. C., Willians, L. C. A., & Freitas, L. C. (2010). Validade aparente e consistência interna do questionário de investigação de prevalência de violência escolar: estudantes. Revista Avaliação Psicológica, 9(3), 403-411.

Twenge, J. M., & Nolen-Hoeksema, S. (2002). Age, gender, race, socioeconomic status, and birth cohort differences on the children’s depression inventory: A meta-analysis. Journal of Abnormal Psychology, 111(4), 578-588.

Publicado

2014-09-30

Cómo citar

FORLIM, B. G., STELKO-PEREIRA, A. C., & WILLIAMS, L. C. de A. (2014). Relação entre bullying e sintomas depressivos em estudantes do ensino fundamental. Estudos De Psicologia, 31(3). Recuperado a partir de https://puccampinas.emnuvens.com.br/estpsi/article/view/8453

Número

Sección

PSICOLOGIA DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM