Fenomenologia e Psicologia no Brasil

Aspectos históricos

Autores

  • Adriano Furtado HOLANDA Universidade Federal do Paraná, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.

Palavras-chave:

Fenomenologia, Filosofia, Historiografia, Psicologia

Resumo

A Historiografia da Filosofia, tradicionalmente, indica que a Fenomenologia chega ao Brasil na década de 1940, pela via existencialista. Entretanto, foi no campo da Psicologia que a Fenomenologia teve suas primeiras referências no cenário brasileiro. A proposta deste artigo é apresentar um breve histórico da entrada e consolidação da Fenomenologia no País, apontando os autores preliminarmente referenciados e traçando suas raízes na Psicologia de Waclaw Radecki e Nilton Campos como pioneiros, além das primeiras referências na Filosofia com Euryalo Cannabrava e Vicente Ferreira da Silva. Por fim, busca avaliar o cenário atual, diante de suas relações históricas, marcando os desenvolvimentos recentes na Psicologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abreu e Silva Neto, N. (2011). Euryalo Cannabrava. In R.

H. F. Campos (Org.), Dicionário biográfico da Psicologiano Brasil (pp.114-119). Rio de Janeiro: Imago.

Antunes, M. A. M. (2007). A Psicologia no Brasil: leitura histórica sobre sua constituição. São Paulo: Unimarco.

Arruda, E. (1947). Ensaio de Psicologia e Psicopatologia Husserlianas (Tese de doutorado não-publicada). Universidade da Bahia, Salvador.

Bernardes, J. S. (2004). Linha do tempo. Documentos sobre formação em Psicologia. Recuperado em outubro 2, 2010, de http://www.abepsi.org.br/web/LinhadoTempo.aspx

Cabral, A. (1964). Nilton Campos (1898-1963). Jornal Brasileiro de Psicologia (São Paulo), 1(2), 3-12.

Cambiaggio, D. (1977). Vida y obra de Waclaw Radecki (1887-1953). Revista Latinoamericana de Psicología, 9(2), 343-346.

Campos, N. (1945). O Método fenomenológico na Psicologia (Tese de Concurso apresentada à Cátedra não-publicada). Universidade do Brasil, Rio de Janeiro.

Cannabrava, E. (1941). Seis temas do espírito moderno. São Paulo: SEP.

Cannabrava, E. (1944). Descartes e Bergson. São Paulo: Amigos do Livro.

Centofanti, R. (1982). Radecki e a Psicologia no Brasil. Psicologia: Ciência e Profissão, 3(1), 2-50.

Centofanti, R. (2006). Os laboratórios de Psicologia nas escolas normais de São Paulo: o despertar da psicometria. Psicologia da Educação, 22, 31-52.

Centofanti, R. (2011a). Laboratório de Psicologia da Colônia de Psicopatas do Engenho de Dentro: 1924-1932. In A. M. Jacó-Vilela (Org.), Dicionário Histórico de instituições de Psicologia no Brasil (pp.355-356). Rio de Janeiro: Imago.

Centofanti, R. (2011b). Laboratório de Psicologia da Escola Normal Secundária de São Paulo: 1912-1930. In A. M. Jacó-Vilela (Org.), Dicionário Histórico de instituições de Psicologia no Brasil (pp.357-356). Rio de Janeiro: Imago.

Cerqueira, L. A. (2002). Filosofia brasileira. Ontogênese da consciência de si. Petrópolis: Vozes.

Crowell, S. (2012). A Fenomenologia Husserliana. In H. L. Dreyfus & M. A. Wrathall (Orgs.), Fenomenologia e Existencialismo (pp.23-42). São Paulo: Loyola.

Drummond, S. L. (1943). Estudos de Filosofia. Do consciente. Rio de Janeiro: Zelio Valverde.

Ferraz, J. S. (1945). Psicologia humana. São Paulo: Saraiva & Companhia.

Ferraz, J. S. (1950). Compreensão fenomenológica das emoções. Limeira: Letras da Província.

Ferreira da Silva, V. (1948). Ensaios filosóficos. São Paulo: Progresso.

Forghieri, Y. C. (1993). Psicologia fenomenológica. Fundamentos, método e pesquisas. São Paulo: Pioneira.

Guimarães, A. C. (1981). Momentos do pensamento Luso-Brasileiro. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Guimarães, A. C. (1982). O tema da consciência na Filosofia brasileira. São Paulo: Convívio.

Guimarães, A. C. (1984). Farias Brito e as origens do Existencialismo no Brasil. São Paulo: Convívio.

Guimarães, A. C. (2000). O pensamento fenomenológico no Brasil. Revista Brasileira de Filosofia, 50(198), 258-267.

Holanda, A. F. (2009). Fenomenologia e Psicologia. Diálogos e interlocuções. Revista da Abordagem Gestáltica, 15(2), 87-92.

Holanda, A. F. (2012). O método fenomenológico em Psicologia: uma leitura de Nilton Campos. Estudos e Pesquisas em Psicologia (UERJ), 12(3), 833-851.

Holanda, A. F. (2014). Fenomenologia e humanismo. Reflexões necessárias. Curitiba: Juruá.

Jacó-Vilela, A. M. (1999). Formação em Psicologia: um pouco de história. Interações: Estudo e Pesquisa em Psicologia, 8(4), 79-91.

Jonsson, M. F. (2011). Formação em Psicologia no Brasil: breve análise dos cursos de Psicologia na cidade de Curitiba (Dissertação de Mestrado não-publicada). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Lima, A. A., & Holanda, A. F. (2015). Psiquiatria e espiritismo: a história do Hospital Bom Retiro (Curitiba, 1930-1950). Curitiba: Factum Pesquisas Históricas.

Mäder, B. J. (2015). Mapeamento da Rede de Atenção à Saúde Mental do Litoral do Paraná (Dissertação de Mestrado não-publicada). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Marcel, G. (1952). Présence et Immortalité. Recife: Universidade de Recife.

Massimi, M. (1990). História da Psicologia Brasileira (Da época colonial até 1934). São Paulo: EPU.

Massimi, M. (Org.). (2004). História da Psicologia no Brasil do Século XX. São Paulo: EPU.

Mattos, C. L. (1954). Heidegger e o problema da Filosofia. Limeira: Letras da Província.

Merleau-Ponty, M. (1967). Humanismo e terror (Tradução de N. Ladosky). Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. (Originalmente publicado em 1947).

Merleau-Ponty, M. (1975). A estrutura do comportamento (Tradução de J. A. Correia). Belo Horizonte: Interlivros. (Originalmente publicado em 1942).

Moniz, H. (1948). O Que é Existencialismo. Rio de Janeiro: A Noite.

Morujão, A. F. (1990). Fenomenológico (Movimento). In J. B. Chorão (Dir.), Logos. Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia (vol. 2, pp.495-503). Lisboa: Verbo.

Muhl, C. (2015). A atuação do psicólogo na Rede de Atenção Psicossocial: um estudo fenomenológico na Regional de Saúde do Litoral do Paraná (Dissertação de Mestrado não-publicada). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Paim, A. (1979). Biblografia filosófica brasileira. Período contemporâneo (1931-1977). São Paulo: GRD/INL.

Paim, A. (1986). O Estudo do pensamento filosófico brasileiro. São Paulo: Convívio.

Paim, A. (1990). Revistas de Filosofia. In J. B. Chorão (Dir.), Logos. Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia (Vol. 5, pp.741-746). Lisboa: Verbo.

Paim, A. (1999). “A Obra Filosófica de Miguel Reale”. In M. Reale. Bibliografia e estudos críticos (pp.65-83). Salvador: Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro.

Paim, A. (2010). “O movimento fenomenológico brasileiro”. In M. C. Natário, A. B. Teixeira, & R. Epifânio (Coords.), O movimento fenomenológico em Portugal e no Brasil (pp.123-140). Lisboa: Zéfiro.

Pozzebon, P. M. G. (2010). A Escola Filosófica de Lovaina e sua influência no Brasil. In M. C. Natário, A. B. Teixeira, & R. Epifânio (Coords.), O movimento fenomenológico em Portugal e no Brasil (pp.149-158). Lisboa: Zéfiro.

Puchivailo, M. C., Silva, G. B., & Holanda, A. F. (2013). A reforma na Saúde Mental no Brasil e suas vinculações com o pensamento fenomenológico. Revista da Abordagem Gestáltica - Phenomenological Studies, 19(2), 230-239.

Radecki, W. (1928). Resumo do Curso de Psychologia. Rio de Janeiro: Imprensa Militar.

Radecki, W. (1929). Trabalhos de Psychologia – Annaes da Colonia de Psychopathas. Rio de Janeiro: Laboratorio de Psychologia na Colonia de Psychopathas em Engenho de Dentro.

Reale, M. (1953). Filosofia do Direito. São Paulo: Saraiva.

Sartre, J-P. (1986). Sartre no Brasil. A conferência de Araraquara. São Paulo: Paz e Terra.

Schleder, K. S., & Holanda, A. F. (2015). Nise da Silveira e o enfoque fenomenológico. Revista da Abordagem Gestáltica - Phenomenological Studies, 21(1), 49-61.

Silva, G. B. (2014). A Legislação em Saúde Mental no Brasil (1841-2001). Trajeto da Consolidação de um Modelo de Atenção (Dissertação de Mestrado não-publicada). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Silva, G. B., & Holanda, A. F. (2014). Primórdios da Assistência em Saúde Mental no Brasil (1841-1930). Memorandum, Memória e História em Psicologia, 27, 127-142.

Souza, F. M. (1991). O problema do conhecimento em Miguel Reale e o diálogo com Husserl. Ciências Humanas (Rio de Janeiro), 4(18-19), 42-46.

Van Breda, H. L. (2007). The rescue of Husserl´s Nachlass and the founding of Husserl-Archives. In H. L. Van Breda. Geschichte des Husserl-Archivs/History of the History-Archives. Dordrecht: Springer-Verlag.

Downloads

Publicado

2023-03-22

Como Citar

HOLANDA, A. F. (2023). Fenomenologia e Psicologia no Brasil: Aspectos históricos. Estudos De Psicologia, 33(3). Recuperado de https://puccampinas.emnuvens.com.br/estpsi/article/view/7933

Edição

Seção

SEÇÃO TEMÁTICA: PSICOLOGIA E FENOMENOLOGIA: UM CAMPO DE INTERLOCUÇÕES EM PROCESS