O atendimento psicológico no Centro de Referência Especializado da Assistência Social e a visão de operadores do direito e conselheiros tutelares

Autores

  • Suane Pastoriza FARAJ Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia
  • Aline Cardoso SIQUEIRA Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia
  • Dorian Mônica ARPINI Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Palavras-chave:

Aconselhamento, Adolescente, Criança, Serviços de assistência social, Violência

Resumo

Este estudo, de delineamento qualitativo, objetivou conhecer a percepção dos operadores do direito e conselheiros tutelares sobre o atendimento psicológico ofertado à criança e ao adolescente no Centro de Referência Especializado da Assistência Social. Através de entrevistas semiestruturadas, constatou-se que esse centro tem se constituído como um serviço de referência no encaminhamento e atendimento psicológico oferecido às vítimas de violência. O atendimento do profissional da Psicologia no âmbito da Assistência Social é considerado importante para a escuta de crianças e adolescentes em situação de violência. No entanto, o atendimento oferecido pelo município nem sempre contempla a demanda existente no local e, na maioria das vezes, é prestado de forma tardia. Dessa forma, ainda se faz necessário mais investimento dos gestores municipais na implantação de serviços e contratação de profissionais especializados para atender a população infanto-juvenil em situação de violência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida, B. P., & Goto, T. A. (2011). Intervenção e cuidado com crianças e adolescentes vitimizadas: atuação do psicólogo no Programa Sentinela (CREAS) em Poços de Caldas (MG). Mudanças: Psicologia da Saúde, 19(1-2), 89-98.

Arpini, D. M., Siqueira, A. C., & Savegnago, S. D. O. (2012). Trauma psíquico e abuso sexual: o olhar de meninas em situação de vulnerabilidade. Psicologia: Teoria e Prática, 14(2), 88-101.

Azambuja, M. R. (2011). Inquirição da criança vítima de violência sexual: proteção ou violação de direitos? Porto Alegre: Livraria do Advogado.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. (Originalmente publicado em 1977).

Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. (2005). Guia de Orientação Técnica - SUAS n° 1: proteção social básica de assistência social. Brasília: Autor. Recuperado em outubro 16, 2012, de http://www.recria.org.br/quemcompoe/governa mentais/fas/guia

Brasil. Ministério da Saúde. (2012). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial da União, nº 12, jun. 2013, Seção 1, p.59

Brasil. Presidência da República. (1990). Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Autor.

Brasil. Presidência da República. (2004). Guia escolar: método para identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Brasília: Autor.

Conselho Federal de Psicologia. (2000). Resolução CFP nº 016/2000, de 20 de dezembro de 2000. Ementa: dispõe sobre a realização de pesquisa em Psicologia com seres humanos. Brasília: Autor.

Conselho Federal de Psicologia. (2003). Resolução nº 007/ 2003. Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP nº 17/2002. Brasília: Autor.

Conselho Federal de Psicologia. (2005). Resolução CFP nº 010/05. Aprova o código de ética profissional do psicólogo. Recuperado em julho 8, 2013, de http:// www.pol.org.br

Conselho Federal de Psicologia. (2009). Serviço de proteção social a crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual e suas famílias: referências para a atuação do psicólogo. Brasília: Autor. Recuperado em junho 10, 2013, de http://crepop. pol.org.br

Conselho Federal de Psicologia. (2012). Referências técnicas para prática de psicólogas(os) no Centro de Referência Especializado da Assistência Social - CREAS. Brasília: Autor.

Dell’Aglio, D. D., Moura, A., & Santos, S. S. (2011). Atendimento a mães de vítimas de abuso sexual e abusadores: considerações teóricas e práticas. Psicologia Clínica, 23(2), 53-73.

Dobke, V. M., Santos, S. S., & Dell’Aglio, D. D. (2010). Abuso sexual intrafamiliar: da notificação ao depoimento no contexto processual-penal. Temas em Psicologia, 18(1), 167-176.

Faraj, S. P., & Siqueira, A. C. (2012). O atendimento e a rede de proteção da criança e do adolescente vítima de violência sexual na perspectiva dos profissionais do CREAS. Barbarói, 37, 67-87.

Habigzang, L. F., Azevedo, G. A., Koller, S. H., & Machado, P. X. (2006). Fatores de risco e de proteção na rede de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Psicologia: Reflexão e Crítica, 19(3), 379-386.

Lorencini, B. D. B., Ferrari, D. C. A., & Garcia, M. R. C. (2002). Conceito de redes. In D. C. A. Ferrari & T. C. C. Vecina (Eds.), O fim do silêncio na violência familiar (pp.298-310). São Paulo. Ágora.

Macedo, J. P., Souza, A. P., Carvalho, D. M., Magalhães, M. A., Souza, F. M. S., & Dimenstein, M. (2011). O psicólogo brasileiro no SUAS: quantos somos e onde estamos? Psicologia em Estudo, 16(3), 479-489.

Milani, R. G., & Loureiro, S. R. (2008). Famílias e violência doméstica: condições psicossociais pós ações do conselho tutelar. Psicologia: Ciência e Profissão, 28(1), 50-67.

Miron, A. X., & Guareschi, N. M. F. (2013). A Psicologia na política de Assistência Social: movimentos de uma experiência de gestão no CREAS. In L. R. Cruz, L. Rodrigues, & N. M. F. Guareschi (Eds.), Interlocuções entre a Psicologia e a Política Nacional de Assistência Social (pp.118-30). Santa Cruz do Sul: EDUNISC.

Pacheco, M. L., & Malgarim, B. G. (2011). Centro de Referência Especializado de Assistência Social: apanhados teóricos sobre uma rede especial de apoio e proteção em casos de abuso sexual infantil. Revista de Psicologia da IMED, 3(2), 545-553

Pedersen, J. R. (2010). Abuso sexual intrafamiliar: do silêncio ao seu enfrentamento (Dissertação de mestrado não-publicada). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre

Pelisoli, C., Pires, J. P. M., Almeida, M. E., & Dell’Aglio, D. D. (2010). Violência sexual contra crianças e adolescentes: dados de um serviço de referência. Temas em Psicologia, 18(1), 85-97.

Pinheiro, L., & Fornari, V. L. (2011). O papel do psicólogo nos casos de violência contra a criança e o adolescente. In M. R. F. Azambuja & M. H. M. Ferreira (Eds.), Violência sexual contra crianças e adolescentes (pp.298-317). Porto Alegre: Artmed.

Santos, V. A., Costa, L. F., & Silva, A. X. (2011). As medidas protetivas na perspectiva de famílias em situação de violência sexual. Psico, 42(1), 77-86.

Yamamoto, O. H., & Oliveira, I. F. (2010). Política social e Psicologia: uma trajetória de 25 anos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(N. Esp.), 9-24.

Downloads

Publicado

2023-03-24

Como Citar

FARAJ, S. P., SIQUEIRA, A. C., & ARPINI, D. M. . (2023). O atendimento psicológico no Centro de Referência Especializado da Assistência Social e a visão de operadores do direito e conselheiros tutelares. Estudos De Psicologia, 33(4). Recuperado de https://puccampinas.emnuvens.com.br/estpsi/article/view/8060

Edição

Seção

PSICOLOGIA SOCIAL E ORGANIZACIONAL