PERFIL DE CRESCIMENTO DE CRIANÇAS MATRICULADAS EM PROGRAMA DE SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR

II. EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE DESNUTRIDOS

Resumo

Objetivando — verificar o impacto da suplementação alimentar em desnutridos, foram estudadas crianças de 12 a 72 meses beneficiárias do Programa de Nutrição em Saúde, em São Paulo, Brasil, que se encontravam abaixo do percentil 10 de peso e de estatura para idade, por ocasião da matrícula. Para a avaliação do peso foram analisadas 604 crianças, das quais 51,9% localizavam-se abaixo do P₃. Depois de 12 meses consecutivos de suplementação, 14,3% permaneceram abaixo do P₃. 52,8% ficaram entre o P₁₀, e P₅₀ enquanto 12,6% ultrapassaram o peso mediano (P₅₀) Para a avaliação da estatura —estudaram-se 594 crianças, encontrando-se 53,5% abaixo do P₃, na matrícula. Após um ano de suplementação, 22,0% permaneceram abaixo do P₃; 47,8% ficaram entre P₁₀, e P₅₀  27% chegaram a se localizar acima do P.. Embora a resposta de crianças desnutridas à suplementação alimentar tenha sido positiva, os autores consideram que não é através de programas do setor Saúde que o problema da desnutrição será resolvido. À Saúde compete a responsabilidade pelos procedimentos diagnósticos e terapêuticos e pelo sistema de vigilância alimentar e nutricional, no sentido de alertar e documentar os demais setores da Administração Pública da necessidade de uma política alimentar abrangente e responsável.