Construtores anônimos em Campinas (1892-1929): reflexões sobre o estudo da história da arquitetura
Palabras clave:
História, Arquitetura, Campinas, Patrimônio culturalResumen
Este artigo pretende analisar o panorama da construção civil em Campinas entre fins do século XIX e as duas primeiras décadas do século XX e trazer à tona a produção arquitetônica de projetistas — engenheiros e arquitetos — e construtores até hoje pouco estudados pelas pesquisas acerca da história e da arquitetura do município. A discussão proposta desdobra‑se a partir de duas dimensões temporais, sendo a primeira aquela em que se construíram os exemplares arquitetônicos de que pretendemos tratar, e a segunda, contemporânea, aquela atrelada ao movimento das ideias e à atuação das personagens envolvidas com a questão da história, da arquitetura e do patrimônio cultural. Tem como objetivo partir da cidade real, expressa tanto materialmente quanto na documentação arquivística, para então verificar a repercussão do esquecimento desses construtores na historiografia, nas pesquisas acadêmicas mais atuais e práticas preservacionistas do município e iniciar a discussão sobre os processos e/ou motivos que levaram à reiteração desse esquecimento, dessa vez por meio da consolidação de uma visão monumental e alegórica do patrimônio cultural de Campinas.
Descargas
Citas
Badaró, R.S.C. O Plano de Melhoramentos Urbanos de Campinas (1934‑1962). 1986. Dissertação (Mestrado)
– Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1986.
Choay, F. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.
D’Alambert, C.C. O tijolo nas construções paulistanas do século XIX. 1993. Dissertação (Mestrado) – Facul‑
dade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.
Fabris, A. (Org). Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo: Nobel, 1987
Ficher, S. Ensino e profissão: o curso de engenhei‑ro‑arquiteto da Escola Politécnica de São Paulo. 1989.
Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 1989.
Francisco, R.C. As oficinas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro: arquitetura de um complexo pro‑
dutivo. 2007. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2007.
Francisco, R.C. Inventário como ferramenta de preservação: a experiência da cidade de Campinas/SP.
Revista Eletrônica do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo, n.6, p.119‑141, jun. 2008.
Halbwachs, M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2004.
Kühl, B.M. Arquitetura do ferro e arquitetura ferroviária em São Paulo: reflexões sobre sua preservação. São
Paulo: Fapesp, 1998.
Lapa, J.R.A. A Cidade: os cantos e os antros. São Paulo: Edusp, 1996.
Le Goff, J. História e memória. Campinas: Unicamp, 2003.
Lemos, C.A.C. Alvenaria burguesa. São Paulo: Nobel, 1985.
Lemos, C.A.C. Ramos de Azevedo e seu escritório. São Paulo: Pini, 1993.
Martins, J.S. A ferrovia e a modernidade em São Paulo: a gestação do ser dividido. Revista USP, n. 63,
p.6‑16, 2004.
Matos, O.N. Café e ferrovias: a evolução ferroviária de São Paulo e o desenvolvimento da cultura cafeeira. São Paulo: Arquivo do Estado, 1981.
Monteiro, A.M.R.G. Ramos de Azevedo: presença e atuação profissional em Campinas: 1879‑1886. 2000.
Dissertação (Mestrado) – Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologia, Pontifícia Universidade
Católica de Campinas, Campinas, 2000.
Nora, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, n.10, p.7‑28, 1993.
Pellicciotta, M. Subsídios para o estudo da evolução urbana de Campinas. Revista do ICH, n.1, p.96‑124, 1997.
Pollak, M. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, v.2, n.3, p.3‑15, 1989.
Saes, F.A.M. As ferrovias de São Paulo, 1870‑1940: expansão e declínio do transporte ferroviário de São Pau‑
lo. São Paulo: Hucitec, 1981.
Santos, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2004.
Semeghini, U.C. Campinas: agricultura, industrialização e urbanização. 1991. Dissertação (Mestrado)
– Faculdade de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1991.
Stevenson, C.W. Palestra proferida no Rotary Club de Campinas em 17 de novembro de 1933. Campinas: Li‑
notypia da Casa Genoud, 1933.