Edifício Santana, o primeiro arranha-céu de Campinas
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v0n13a139Palavras-chave:
Arquitetura modernista, Arranha-céu, Art-déco, Plano de Melhoramentos Urbanos de CampinasResumo
O artigo trata da construção do edifício modernista Santana, em 1936, situado em Campinas, estado de São Paulo. Contando com apenas seis pavimentos de altura, o edifício tornou-se um ícone de modernidade, sendo laureado publicamente com o título de primeiro arranha-céu da cidade. Sua construção inaugurou o processo de modernização do espaço urbano da cidade, que já vinha sendo delineado através da implantação de um plano de urbanismo elaborado a partir de 1934 com a contratação do urbanista Prestes Maia pela prefeitura do município. O edifício foi projetado e construído pelo engenheiro civil Lix da Cunha, responsável por um dos mais respeitados escritórios de engenharia da cidade. O edifício, de arquitetura asséptica e linguagem estética do art déco, projetado com um novo sistema construtivo de concreto armado e dedicado exclusivamente a uso comercial, estabeleceu um marco físico e simbólico no processo de transformações pelas quais a cidade passava. A cidade, que da segunda metade do século XIX até princípio do século XX fora importante centro econômico do país e responsável pela produção da maior parte do café exportado, superara os problemas econômicos advindos da crise de 1929 e as sucessivas oscilações do mercado do café, incentivando um processo de industrialização que alteraria por completo sua paisagem física. A imagem de progresso e modernidade que a cidade buscava transmitir estava indubitavelmente aliada à arquitetura do Santana. Ter como endereço comercial o edifício Santana denotava aos profissionais locatários ou proprietários status de modernidade.
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