Sua rua, minha casa: viver, fruir e pertencer ao baixo centro de Belo Horizonte (Brasil) | Your street, my house: living, fruits and belongings to the downtown center of Belo Horizonte (Brazil)
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v16n3a4312Palavras-chave:
Apropriação. Belo Horizonte. Espaço público. Inclusão.Resumo
O presente artigo traz os resultados da pesquisa que tem como tema a configuração e a apropriação dos espaços públicos. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa e caráter exploratório, no qual se buscou analisar o processo de inclusão sócio-territorial no chamado Baixo Centro de Belo Horizonte e investigar a sua ressignificação e apropriação por distintos grupos. Região onde houve melhoria da qualidade ambiental e infraestrutura, mas também higienização, e que mescla a alteração da paisagem urbana e a preservação do centro histórico. Para a análise em campo, realizada entre agosto de 2016 e novembro de 2017, foram definidos pontos específicos no entorno da Praça da Estação, palco de manifestações culturais e políticas. Com o estudo dos dados obtidos por meio de entrevistas e observação das dinâmicas cotidianas, concluiu-se que o pertencimento associado aos diversos espaços da cidade está diretamente ligado ao grau de experiência social e afetiva que suas conformações físicas proporcionam.
Downloads
Referências
ARROYO, M.A. Reabilitação urbana integrada e a centralidade da Praça da Estação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA, 11., 2003, Campinas. Anais [...]. Campinas: Unicamp, 2004. p.1-30.
BERQUÓ, P.B. A ocupação e a produção de espaços biopotentes em Belo Horizonte: entre rastros e emergências. 2015. 509f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) — Universidade Federal de Minas Gerais, Belo horizonte, 2015. f.25-113.
BORSAGLI, A. Boulevard Arrudas: um exemplo das mazelas legadas por um poder público incompetente. Curral Del Rey Blogspot, 2015. Disponível em: <http://curraldelrei.blogspot.com.br/2015/05/boulevard-arrudas-um-exemplo-dashtml>. Acesso em: 8 out. 2017.
GIFFONI, I.A. Belo Horizonte: da cidade planejada ao planejamento da cidade: turismo na Praça da Estação. 2010. 143f. Dissertação (Mestrado em Hotelaria) — Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2010. f.35.
GOOGLE MAPS. Boulevard Arrudas, Belo Horizonte. 2017. Disponível em: <https://www.google.com/maps/search/boulevard+arrudas/@-19.8994028,-43.9064691,14z/data=!3m1!4b1>. Acesso em: 8 nov. 2017.
GOOGLE STREET VIEW. Praça Rui Barbosa, Belo Horizonte. 2017. Disponível em: <https://www.google.com/maps/search/pra%C3%A7a+rui+barbosa/@-19.9172385,-43.9417094,15z>. Acesso em: 5 set. 2017.
LIMA, J.C.; AMORIM, M.S.M.A. A produção do espaço da Praça da Estação em Belo Horizonte (MG) e dos equipamentos de seu entorno ao longo da história da cidade. In: SIMPÓSIO MINEIRO DE GEOGRAFIA, 1., 2014, Alfenas. Anais [...]. Alfenas: Universidade Federal de Alfenas, 2014. p.937-951.
LYNCH, K. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
MONTENEGRO GÓMEZ, J. Crítica ao conceito de desenvolvimento. Pegada Eletrônica, v.3, n.1, p.20-32, 2002. Disponível em: <http://revista.fct.unesp.br/index.php/pegada/article/view/798>. Acesso em: 5 set. 2017.
MORADORES de rua driblam divisória de bancos e voltam a dormir em praça. Extra, 19 mar., 2009. Disponível em:
https://extra.globo.com/noticias/rio/moradores-de-rua-driblam-divisoria--de-bancos-voltam-dormir-em-praca-254079.html>. Acesso em: 16 fev. 2019.
MOREIRA, C.M.R. Patrimônio cultural e revitalização urbana: usos, apropriações e representações da Rua dos Caetés. Belo Horizonte. 2008. 143f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) — Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. f.36-37.
NASCIMENTO, A. Mundos em miniatura, espaços de celebração: sociabilidade e consumo nas galerias do hipercentro de Belo Horizonte. 2012. 254f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) — Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012. p.21.
PIZZATO, G.Z.A. Design e emoção na utilização do mobiliário urbano em espaços públicos. 2013. 159f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) — Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. f.60.
PLANO DE MONITORAMENTO DA QUALDIADE DE ÁGUA DA CAPITAL É ADIADO. Hoje em dia, 19 de gosto de 2015. Disponível em: <https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/plano-de-monitoramento-da-qualidade-de-àgua-da-capital-é-adiado-1.320003>. Acesso em: 16 fev. 2019.
POLIGNANO, M.V. Ribeirão arrudas: outro rio é possível. Manuelzão UFMG, 2010. Disponível em: https://manuelzao.ufmg.br/ribeirao-arrudas-outro-rio-e-possivel/>. Acesso em: 16 fev. 2019.
SOUZA, J.M.; CARNEIRO, R. O hipercentro de Belo Horizonte: conformação espacial e transformações recentes. Belo Horizonte: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2007.
TREVISAN, E. Transformação, ritmo e pulsação: o baixo centro de Belo Horizonte. 2012. 191f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) — Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012. f.48-62.
VASCONCELLOS, L.M.; MELLO, M.C.F. Terminologias em busca de uma identidade. Revista Rua 8, p.60-63, 2003.
VIEGAS, D. Por ano, PBH desembolsa R$2 milhões para reparar depredações ao patrimônio público. Jornal Hoje em Dia, Caderno Horizontes, 11 maio, 2016. Disponível em: <http://hojeemdia.com.br/horizontes/por-ano-pbh-desembolsa-r-2-milh%C3%B5es-para-reparar-depreda%C3%A7%C3%B5es-ao-patrim%C3%B4nio-p%C3%BAblico1.383473>. Acesso em: 26 set. 2017.
WALSH, N.P. Quão agressiva pode ser a arquitetura em relação ao espaço público e aos moradores de rua. Arch Daily, 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/867618/quao-agressiva-pode-ser-a-arquitetura-relacao-ao-espaco-publico-e-aos-moradores-de-rua>. Acesso em: 23 nov. 2017.
WERNECK, H. O desatino da rapaziada: jornalistas e escritores em Minas Gerais. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.