Alienação via mobilidade
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v0n15a882Palavras-chave:
Alienação, Espaço abstrato, Internacional situacionista, MobilidadeResumo
A mobilidade é um atributo da sociedade moderna que tem sido celebrado nos campos da arquitetura, do urbanismo e do planejamento urbano há um século. Este artigo examina o ideal da mobilidade à luz da possibilidade de uma autonomia coletiva dos habitantes urbanos na produção do espaço, sobretudo em escala local e microlocal. Para isso, são retomadas algumas discussões da segunda metade do século XX, tais como o estudo de Thompson sobre a transformação do tempo vivido em tempo abstrato, a crítica da mobilidade abstrata pelos situacionistas e a crítica dessa crítica por Guy Debord, Henri Lefebvre e outros. Retomar essas discussões permite compreender a mobilidade dialeticamente, isto é, como constitutiva, também, de uma forma de alienação.
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