Plastinação na atividade museal preservando e divulgando a memória da biodiversidade da Mata Atlântica
Palabras clave:
Acervo, Animais silvestres, Exposição, Museu, PlastinaçãoResumen
A plastinação é uma técnica de preservação de matéria biológica, cujo princípio básico é a substituição dos fluidos corporais por um polímero curável. O tecido biológico não é só preservado por tempo indefinido, mas permanece também inerte, realista e livre de agentes decompositores. Diante das vantagens proporcionadas, a plastinação pode gerar muitos benefícios às exposições museais das ciências da vida e afins. Nesse sentido, o Museu de Ciências da Vida se institui enquanto único no mundo em produzir exposições com espécimes animais da fauna silvestre brasileira plastinados e, além disso, não há na literatura relatos do uso desse tipo de espécime em exposições, indicando suas vantagens e limitações. Os espécimes animais utilizados neste projeto foram: cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), feto e cabeça de anta (Tapirus terrestris), gato-maracajá (Leopardus wiedii), mão-pelada (Procyon cancrivorus), preguiça-comum (Bradypus variegatus), quati (Nasua nasua), paca (Cuniculus paca), pica-pau-anão-barrado (Picmnus cirratus) e pena de harpia adulta (Harpia harpyja). Estes foram apresentados em quatro exposições diferentes: “Diversidade dos Vertebrados” em Venda Nova do Imigrante (VNI) (ES); “A Alma do Mundo - Leonardo 500 anos” na Biblioteca Nacional (RJ); “A Métrica do Corpo Humano” na Universidade Federal do Espírito Santo e “Conheça!” na XI Semana de Biologia da Universidade Federal do Espírito Santo. Diante dos resultados obtidos, a plastinação mostrou-se uma ferramenta preciosa e facilitadora para a educação científica e ambiental, notando-se uma maior segurança e facilidade de transporte, planejamento e execução de exposições, com destaque para as itinerantes.
Descargas
Citas
Abdel-Maksoud, G.; El-Amin, A. Review on the materials used during the mummification processes in Ancient Egypt. Mediterranean Archaeology and Archaeometry, v. 11, n. 2, p. 129-150, 2011.
Cunha, K.R. Aplicação da técnica de glicerinação para a conservação de frutos carnosos. 2012. 13 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Ciências Biológicas) - Faculdade de Ciências da Educação e Saúde-Faces, Brasília, 2012.
Desmond, J. Postmortem exhibitions: Taxidermied animals and plastinated corpses in the theaters of the dead. Configurations, v. 16, n. 3, p. 347-378, 2016. https://doi.org/10.1353/con.0.0062.
Dibal, N. I.; Garba, S. H.; Jacks, T. W. Plastinates: possible tool for medical education in the near future: Mini review. Research and Development in Medical Education, v. 7, n. 1, p. 3-7, 2018. https://doi.org/10.15171/rdme.2018.002.
Gera, Á.S. A técnica de plastinação no contexto da divulgação científica da anatomia humana e contribuições para a alfabetização científica. 2017. 200 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) - Instituto Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, 2017.
Hagens, G.V.; Tiedmann, K.; Kriz, W. The current potential of plastination. Anatomy and Embryology, v. 175, n. 4, p. 411-421, 1987. https://doi.org/10.1007/BF00309677.
Henry, R. Silicone plastination of biological tissue: Room temperature technique North Carolina technique and products. Journal of Plastination, v. 22, p. 26-30, 2007a.
Henry, R. Silicone plastination of biological tissue: cold temperature technique North Carolina technique and products. Journal of Plastination, v. 22, p. 15-19. 2007b. https://doi.org/10.56507/DGZJ6845.
Jones, D.G.; Whitaker, M. I. Engaging with plastination and the Body Worlds phenomenon: A cultural and intellectual challenge for anatomists. Clinical Anatomy, v. 22, n. 6, p. 770-776, 2009. https://doi.org/10.1002/ca.20824.
King, M.; Whitaker, M.; Jones, D. G. I see dead people: Insights from the humanities into the nature of plastinated cadavers. Journal of Medical Humanities, v. 35, p. 361-376, 2014.
Monteiro, Y. F. et al. Plastination of glycerin-fixed specimens. Journal of Plastination, v. 33, n. 2, p. 8-13, 2021.
Noe, A. Democratizing medicine. Military Medicine, v. 181, n. 2, p. 180-181, 2016.
Rankrape, F. et al. Osteotécnica: ferramenta de ensino em anatomia e zoologia. Arquivos do Mudi, v. 24, n. 2, p. 1-6, 2020. https://doi.org/10.4025/arqmudi.v24i2.52748.
Raoof, A.; Henry, R.W.; Reed, R.B. Silicone plastination of biological tissue: Room-temperature technique dow/corcoran technique and products. Journal of Plastination, v. 22, p. 21-25, 2007.
Silva, G.R. et al. Métodos de conservação de cadáveres humanos utilizados nas faculdades de medicina do Brasil. Revista de Medicina, v. 95, n. 4, p.156-161, 2016. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v95i4p156-161.
Sora, M-C. et al. Plastination: A scientific method for teaching and research. Anatomia Histologia Embryologia, v. 48, p. 526-531, 2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Transinformação
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.